Magazine Planos 10 trilhos e rotas para descobrir a Serra da Estrela

10 trilhos e rotas para descobrir a Serra da Estrela

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Serra da Estrela
Por Lentolho – Fotografia

Quem viaja até à Serra da Estrela, procura sobretudo estar em contacto com a natureza e descobrir as maravilhosas paisagens que o parque natural tem para oferecer. Uma das melhores formas de explorar a região é, sem dúvida, aventurar-se pelos diversos trilhos e percursos pedestres oficiais. 

Existem várias rotas bem sinalizadas em todo o Parque Natural da Serra da Estrela e o melhor de tudo é que estes trilhos passam por alguns dos locais mais emblemáticos da serra, como o Covão d’Ametade, o Vale Glaciar do Zêzere ou a cascata do Poço do Inferno, entre outros.

Apesar de a Serra da Estrela ser uma montanha com altitude bastante elevada (1993 metros) e ser conveniente estar em boa forma física, há percursos pedestres para todos os gostos e capacidades: circulares ou lineares, com maior ou menor inclinação, de maior ou menor dificuldade. 

Além disso, recomenda-se sempre a utilização de roupa e calçado adequados, assim como beber muita água e comer regularmente. É muito importante também respeitar sempre a sinalização dos trilhos. Se acha que está preparado, calce as botas e venha connosco à descoberta de alguns dos melhores trilhos para conhecer a Serra da Estrela.

1. Rota do Poço do Inferno

Cascata Poço do Inferno
Cascata Poço do Inferno. Por Muaddib2015

A Rota do Poço do Inferno é um trilho pedestre circular, com cerca de 2,5 quilómetros. Com uma dificuldade considerada média, este percurso começa no parque de estacionamento do Poço do Inferno. 

Ao longo do trilho, irá desfrutar da bonita paisagem do Vale do Rio Zêzere e do Vale da Ribeira de Leandres. Mas o ponto alto do percurso é mesmo a cascata do Poço do Inferno, uma queda de água com cerca de 10 metros, considerada monumento geológico e um dos ex-libris da Serra da Estrela.

Se a Rota do Poço do Inferno for demasiado curta e fácil para si, pode combiná-la com a Rota do Javali (11,5 quilómetros), ficando o total do percurso circular em cerca de 14 quilómetros.

Rota do Poço do Inferno

Tipo: Circular
Dificuldade: Média
Distância: 2,5 km
Início do percurso: junto ao parque de estacionamento do Poço do Inferno

2. Rota do Glaciar

Covão d’Ametade
Covão d’Ametade. Por Hurtuv

Este é um dos trilhos pedestres com cerca de 17,2 quilómetros de distância e é de dificuldade média. Como se trata de um percurso linear, pode começar em qualquer uma das extremidades: junto à Igreja de São Pedro, em Manteigas, ou na Torre.

Com o rio Zêzere sempre a acompanhar-nos, o percurso faz-se ao longo do Vale Glaciar do Zêzere até ao Covão d’Ametade. As paisagens são magníficas e, mesmo no final do percurso, poderá avistar as casas típicas da vila de Manteigas, os prados verdejantes e os rebanhos de ovelhas.

As encostas são muito íngremes e recheadas de formações graníticas e elevações, o que nos permite apreciar algumas maravilhas naturais, tais como o Covão do Ferro, o Cântaro Magro, o Cântaro Gordo, o Espinhaço do Cão, o Poio do Judeu, a Pedra do Equilíbrio, o Covão Cimeiro, a Barroca dos Teixos.

Rota do Glaciar

Tipo: Linear
Dificuldade: Média
Distância: 17,2 km
Início do percurso: junto à Igreja de São Pedro, na vila de Manteigas, ou na Torre

3. Rota do Maciço Central

Lagoa dos Cântaros
Lagoa dos Cântaros. Por LuisMAfonso

A Rota do Maciço Central é um dos trilhos mais bonitos da Serra da Estrela, mas é também um dos mais exigentes. Este trilho circular, que começa no Covão d’Ametade, leva-nos a embrenhar pelas entranhas do majestoso Maciço Central da Serra da Estrela. Escusado será dizer que as paisagens são majestosas.

Entre os locais emblemáticos que poderá contemplar destacamos o Covão d’Ametade, o Covão Cimeiro, os Cântaros (Magro, Gordo e Raso), a Lagoa dos Cântaros, a Lagoa da Paixão e as Salgadeiras.

Apesar de não ser um trilho muito extenso, os declives acentuados do percurso fazem dele um trilho muito exigente fisicamente. O facto de esta rota se encontrar acima dos 1400 metros de altitude, faz com que possa encontrar o caminho coberto de neve nos meses de inverno.

Rota do Maciço Central

Tipo: Circular
Dificuldade: Difícil
Distância: 10 km | 19,6 km (com derivações)
Início do percurso: recomenda-se iniciar esta rota no Covão d´Ametade

4. Rota da Levada

Cabeça
Cabeça. Por P.Fernandes

A Rota da Levada começa na pitoresca aldeia de Cabeça, também conhecida como aldeia Natal, e acompanha a levada comunitária até à vila de Loriga. Entre os muitos pontos de interesse deste percurso, destacamos o vale da Ribeira de Loriga, os moinhos de água, os famosos socalcos agrícolas de Loriga, o Poço da Broca de Serapitel e as Marmitas de Gigante.

O percurso entre Cabeça e Loriga está relativamente bem sinalizado, mas o regresso a Cabeça, que é feito por uma estrada de forma a tornar o trilho circular, não está de todo sinalizado. Se não quiser fazer tantos quilómetros, pode optar por fazer apenas a parte da levada que liga Cabeça a Loriga e depois apanhar um táxi de regresso a Cabeça, neste caso fará apenas 8 quilómetros.

Rota da Levada

Tipo: Circular
Dificuldade: Média
Distância: 16 km
Início do percurso: aldeia de Cabeça

5. Rota das Faias

Rota das Faias
Rota das Faias. Por Ncletorosa

Este trilho segue ao longo de uma densa floresta de faias, plantadas no início do século XX. Começa na Cruz das Jugadas, a cerca de 7 quilómetros de Manteigas. O percurso tem dificuldade média, já que é em terra batida e tem algumas subidas acentuadas.

Pelo caminho, poderá contemplar as bonitas paisagens sobre o Vale Glaciar do Zêzere, a Torre, os Cântaros Magro e Gordo e as Penhas Douradas.

Todas as estações são boas para percorrer a Rota das Faias, mas no outono, sobretudo em novembro, o bosque pinta-se de tons de amarelo, laranja e vermelho, o que lhe dá um toque ainda mais especial.

Rota das Faias

Tipo: Circular
Dificuldade: Média
Distância: 5,4 km | 6,5 km (com derivações)
Início do percurso: Cruz das Jugadas

6. Rota do Carvão

Observatório Meteorológico das Penhas Douradas
Observatório Meteorológico das Penhas Douradas. Por Vitor Oliveira

A Rota do Carvão começa na vila de Manteigas e segue por uma subida em ziguezague até ao Observatório Meteorológico das Penhas Douradas, passando pelos pinheiros do Oregon, Casa da Fraga, Miradouro do Fragão do Corvo, Seixo Branco, Vale das Éguas. Além disso, passa, também, por um dos locais mais bonitos da Serra da Estrela: a Nave da Mestra, um maciço granítico fraturado, onde se encontra a famosa Talisca ou Fenda da Mestra.

A paisagem natural, composta por bosques, matagais e florestas, bem como as esculturas naturais que sobressaem nas escarpas rochosas, como a Fraga da Cruz, o Fragão do Corvo e a Pedra Sobreposta, fazem com que valha a pena todo o esforço deste trilho considerado difícil.

A Rota do Carvão mistura-se com a própria história de Manteigas, principalmente no que se refere à pastorícia, ao centeio, à floresta e à produção de carvão para venda, sendo este produzido a partir da queima das raízes da urze.

Este percurso atravessa as Penhas Douradas, uma pequena aldeia de montanha que se destacou por ser um centro de tratamento de doenças respiratórias e por albergar o Observatório Meteorológico das Penhas Douradas, destinado à monitorização das condições meteorológicas da região.

Rota do Carvão

Tipo: Circular
Dificuldade: Difícil
Distância: 20 km
Início do percurso: junto ao Arquivo Municipal de Manteigas

7. Rota do Covão dos Conchos

Covão dos Conchos
Covão dos Conchos. Por larahcv

Em pleno maciço superior da Serra da Estrela, a mais de 1500 metros de altitude, encontra-se um dos locais mais surpreendentes da montanha mais alta de Portugal Continental: o Covão dos Conchos, uma espécie de túnel que transporta as águas recolhidas da Ribeira das Naves até à Lagoa Comprida.

Este percurso linear de cerca 10 quilómetros e de dificuldade fácil permite-nos descobrir a grandiosidade e beleza do Covão dos Conchos. Com início na Lagoa Comprida, o trilho oferece-nos algumas das mais bonitas paisagens da serra.

Rota do Covão dos Conchos

Tipo: Linear
Dificuldade: Fácil
Distância: 10 km
Início do percurso: Lagoa Comprida

8. Rota do Vale do Rossim à Nave Mestra

Vale do Rossim
Vale do Rossim. Por larahcv

Este percurso parte da praia fluvial do Vale de Rossim e passa ao lado das margens da albufeira do Vale do Rossim, seguindo por Vale das Éguas e atravessando a famosa Talisca da Mestra. Por fim, chega à Nave da Mestra, um dos locais mais bonitos do maciço central do Parque Natural da Serra da Estrela, acessível apenas por caminhada.

Para além dos locais já referidos, destacamos ainda a pequena casa atualmente abandonada que fica na base do gigantesco bloco granítico, conhecida como Casa do Juiz – terá sido um juiz de Manteigas que a mandou construir no início do século XX.

O trilho que liga o Vale do Rossim à Nave da Mestra encontra-se acima dos 1500 metros de altitude e não está sinalizado. Tenha também em atenção que no inverno pode encontrar o trilho coberto de neve, o que dificulta a caminhada e a orientação.

Rota do Vale do Rossim à Nave Mestra

Tipo: Circular
Dificuldade: Média
Distância: 14 km
Início do percurso: praia fluvial do Vale do Rossim

9. Rota da Garganta de Loriga

Loriga
Loriga. Por Paulo Juntas

A Rota da Garganta de Loriga faz a ligação entre o planalto superior da Serra da Estrela e a vila de Loriga por percursos apenas utilizados por pastores. Por isso, conte com uma aventura difícil, mas recompensadora pela paisagem que irá encontrar.

Ao longo do trilho vai poder descobrir o Vale Glaciar de Loriga, os Covões do Boleiro, do Meio, da Nave e da Areia, a barragem do Covão de Meio e a Eira da Pedra.

Apesar do trilho ser relativamente curto, é muito exigente fisicamente e, no inverno, pode estar coberto de neve.

Rota da Garganta de Loriga

Tipo: Linear
Dificuldade: Difícil
Distância: 9 km
Início do percurso: Salgadeiras; EN338, km 27 / Carreira (Loriga)

10. Rota da Caniça

Lapa dos Dinheiros
Lapa dos Dinheiros. Por Hipersyl

Com início junto à igreja matriz da aldeia da Lapa dos Dinheiros, a Rota da Caniça segue em direção à ribeira da Caniça atravessando-a no lugar da Ponte da Caniça, onde, durante o verão, as pessoas usufruem da praia fluvial da Lapa dos Dinheiros.

Durante o percurso, irá conhecer o Souto da Lapa, um maravilhoso bosque de carvalhos centenários; várias cascatas, entre as quais as quedas de água da Caniça; a curiosa formação rochosa dos Cornos do Diabo; e o Buraco do Sumo, uma zona onde a ribeira corre subterraneamente, por baixo de enormes blocos de granito.

Rota da Caniça

Tipo: Circular
Dificuldade: Média
Distância: 7 km
Início do percurso: Lapa dos Dinheiros

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